quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Obrigada (o) a Todos Pelas Visitas!!!

 


A Equipe de Coordenação de Educação Infantil vem agradecer a todas as visitas, hoje nós tivemos 1.047 visitantes ... Ficamos MUITOO felizes!!!





Com Carinho: Gislayne, Luciana e Rosana

Sou Criança.



Ser Criança...



...A criança nova que habita onde eu vivo
Dá-me uma mão a mim e a outra a tudo que existe
E assim vamos pelo caminho
que houver
Saltando, cantando e rindo
E gozando o nosso
segredo comum
Que é o de saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena
Se a alma não é pequena..."
(Fernando Pessoa)


  1. Para a criança cada dia é diferente do outro. Ou seja, o dia anterior foi o dia anterior e não faz mais parte do seu passado. O novo dia é tudo o que lhe importa, é só o que existe.

  2. Do dia anterior a única coisa que ela traz é o que aprendeu e mesmo assim não sabe disso. Quer dizer, ela não sabe que aprendeu antes como enfrentar uma situação nova, do novo dia que surge a sua frente. Ela apenas enfrenta a nova situação, como se realmente fosse nova, e dedica a ela toda sua energia e experiência acumulada.

  3. Os erros que ela cometeu no dia anterior, ela não lembra mais. Mas agora ela já sabe o que é errado, só não lembra onde aprendeu isso. Se lembra, não dá importância a isso. O importante é que ela já sabe como não deve fazer uma coisa que fez errado antes.

  4. No processo da descoberta de como resolver uma coisa, há imersão total. Todo o seu "ser", ente, vai estar envolvido na solução daquele problema. Ela não consegue deixar para resolver depois, precisa dar uma resposta imediata à aquele contratempo. Como ela não esquece, ela própria passa a fazer parte do problema. Assim o problema acaba fazendo parte dela e não sendo uma coisa separada. Sendo ela em si o problema, e como ela passa a viver 24 horas por dia com aquele problema, logo ela o compreende e assim ele, o problema, deixa de existir. Solucionado o problema, ela imediatanente o descarta da sua vida. Ou seja, aquilo não será mais visto por ela como problema, não importa quantas vezes mais ela o encontre daí pra frente.

  5. Na busca de uma solução, como ela não tem conhecimentos sofisticados e a capacidade de complicar, suas soluções são as mais simples e diretas possíveis.

  6. Ela costuma, baseada num problema encontrado, brincar com o problema durante sua busca de uma solução.

  7. Então, problema para uma criança, na maioria das vezes, não são problemas de fato, são uma necessidade básica de aprendizado e motivação. Ambientes que não ofereçam desafios e problemas, não tem a menor graça para elas. Ou seja, problema para elas é quase como se fosse diversão pura.

  8. No processo de busca de uma solução, ela desiste milhares de vezes, tenta milhares de vezes, mas desistir de verdade, isso ela nunca faz.

  9. Um novo dia para uma criança, é de fato um novo dia. Esse novo dia não faz parte do dia anterior. É comum as crianças brincarem com seus velhos brinquedos como se nunca os tivesse visto antes.

  10. Pessimismo para uma criança é, ver a mãe ou o pai triste, irmão, amigo ou outra criança doente; adultos com problemas e que fazem questão de torná-los públicos em sua presença. Otimismo para uma criança é, ver um adulto com problemas sorrindo, outra criança doente sorrindo, pessoas da família tristes mas sorrindo. No seu mundo, existem apenas dois tipos de problemas, aqueles que devem ser enfrentados não importa a situação daquele momento, e aqueles que devem ser esquecidos se não são importantes naquele momento.

  11. Uma criança quando fica ou está doente, não sabe que ficar doente é ruim. Ela sente os efeitos físicos da doença, mas ela planeja seu futuro como se não existisse obstáculo algum à sua frente. Ela planeja seu dia seguinte como se nada estivesse acontecendo. Não desanima em momento algum, sabe na sua simplicidade psicológica que doença e saúde não estão separadas, tudo é uma coisa só. É muito importante notar que ela nunca diz: "Se eu ficar boa...", e sim "Amanhã quando eu melhorar eu vou fazer isso e aquilo...". Também ela ainda não teve tempo de desenvolver o apego às coisas, assim medo e insegurança não existe em seu mundo simples. Seu mundo se resume a duas coisas; O dia que ela está disposta para brincar e o dia que não está. Desse modo ela não vê doença e saúde como coisas distintas.
  12. Uma criança, tem a capacidade excepcional de guardar para sempre os bons momentos e usá-los como experiência pelo resto de sua vida. Tem também a capacidade de guardar para sempre os maus momentos e usá-los como experiência pelo resto de sua vida. Tem também a capacidade de não Ter saudade ou lembrança mórbida, nem de bons, nem de maus momentos.

  13. Ela não conta os dias que já viveu ou ainda vai viver. Isso não tem a menor importância. Como ela não baseia sua vida nisso, quer aprender sempre e todos os dias. Ela sequer sabe o que vai fazer com o que aprende ou vai aprender, simplesmente ela quer aprender mais e mais. Se ela vai Ter tempo para usar o que está aprendendo ou vai aprender, não faz parte do seu pensamento. Viver para ela é uma coisa muito simples. Ela pensa, amanhã eu faço de novo. Nunca diz, amanhã eu tento de novo, ou diz, será que isso vai dar certo amanhã..?. Incerteza para ela é só uma palavra cujo significado ele desconhece. Fazer, não fazer, tentar e tentar mais, para ela é a mesma coisa.

  14. O dia para uma criança, não tem o limite de oito ou vinte e quatro horas. Para uma criança o tempo cronológico não existe. Para uma criança o ano todo é igual a um dia. Noite e dia é a mesma coisa. A diferença é que uma parte é clara e tem sol e a outra não. Apenas o tempo psicológico faz parte de sua vida. E tempo psicológico não trabalha dentro dos ponteiros de um relógio. O tempo psicológico é toda sua vida naquele único minuto ou instante.

texto Revisado por Alberto Filho e Jon Talber, para o Site de Dicas 


  Sugestão de Músicas/ Infantil I











Música e Arte

Entre os estudos que listam os benefícios da educação artística, os que focam na música estão entre os mais numerosos. Às evidências relacionadas ao aproveitamento escolar, o compositor Hermelino Neder, educador musical na St. Nicholas School e no Colégio Vera Cruz, acrescenta outras conquistas que vê no dia-a-dia.
Segundo ele, por se tratar de uma atividade ritualística e ancorada no compasso, a música exige coordenação motora e desenvolve a capacidade de trabalhar em grupo. "Em uma classe que canta ou brinca de roda coletivamente, cria-se uma atmosfera de trabalho muito boa", afirma.
Ele diz ainda que a música ajuda os alunos menores a desenvolver a fala e a ampliar o vocabulário. "Ao cantarem e ouvirem várias vezes as mesmas palavras, eles se familiarizam com o padrão da língua, seja a sua, seja uma estrangeira."
Segundo Neder, enquanto na infância funciona bem trabalhar com atividades como canto e percussão corporal, adolescentes preferem se aprofundar em um instrumento.
Ana Mae Barbosa considera uma pena que muita gente interrompa o trabalho com arte na adolescência, em parte porque muitas escolas focam só no vestibular e vêem a atividade como supérflua. "O adolescente vive uma fase muito rica, de crise, de transformação. A arte pode ajudar a dar sentido ao que ele pensa e sente."
Para Christina de Luca, coordenadora pedagógica da escola Lugar de Arte, mesmo colégios para crianças menores acabam deixando a arte em segundo plano. "Mas acredito plenamente que vale a pena. Por meio da arte, a criança aprende a trabalhar melhor em sociedade, a ser curiosa, ganha auto-estima. Não é perda de tempo."

As idades da arte
As crianças passam por diferentes fases em relação ao desenvolvimento gráfico. Com as ressalvas de que nem todas elas vão de uma etapa para a outra na mesma época e de que fatores socioculturais também influenciam, conheça algumas características de cada fase.


Dos 2 aos 4 anos
A criança faz rabiscos desordenados, traços feitos ao acaso que se tornam, aos poucos, mais organizados. Sente muito prazer na atividade, ainda mais se tiver por perto um adulto interessado nos rabiscos


Dos 4 aos 7 anos
Começam as primeiras tentativas de representação. A criança aprende a desenhar esquemas de objetos aprendidos em sua cultura, dispostos desordenadamente no papel. Em geral, gosta de mostrar sua obra aos adultos e precisa de incentivo


Dos 7 aos 9 anos
A criança domina signos culturalmente compartilhados, como homem, casa, sol e árvore, e compõe cenas. É nessa fase que surge uma característica dos desenhos infantis: os objetos retratados são dispostos numa linha reta, na margem inferior do papel


Dos 9 aos 12 anos
Os desenhos passam a ser muito mais detalhados e menores. A criança se torna mais autocrítica em relação à sua produção, buscando representar a realidade. Entre os 11 e os 12 anos, passa a se preocupar com noções de proporção e profundidade

Referências Bibliográficas 
Fontes: "Desenvolvimento da Capacidade Criadora", de V. Lowenfeld e W. L. Brittain (ed. Mestre Jou); REJANE GALVÃO COUTINHO, professora do Instituto de Artes da Unesp
Colaborou JULLIANE SILVEIRA, da reportagem local.
Reportagem publicada no suplemento "Equilíbrio", da Folha de S.Paulo, em 7 de agosto de 2008.

"Para mim, a Arte reflete a celebração das coisas simples e gostosas da vida"
(Romero Brito)


TRABALHANDO COM MÚSICA:


CONSTRUA INSTRUMENTOS COM SUCATA E EXPLORE RÍTMOS E SONS;
BRINQUE COM A MÚSICA, JOGO DA MEMÓRIA DOS SONS;
BINGO DOS SONS;
DESENHOS COM BASE NAS SENSAÇÕES QUE A MÚSICA PROPORCIONA.
 
ALGUMAS SUGESTÕES:


Mais um pouquinho:
BARBOSA, ANA MAERECORTE E COLAGEM : INFLUÊNCIA DE JOHN DEWEY NO ENSINO DA ARTE NO BRASIL São Paulo: AUTORES ASSOCIADOS : CORTEZ, 1982. 136 p. : il. (Coleção Educação Contemporânea).Bibliografia : p. 123-136.

Algumas Sugestões de Músicas para Apresentações do Projeto 2º Semestre  Infantil II


Pintor de Jundiaí

Eliana

Tum tum tum quem bate aí
Tum tum tum quem bate aí
Sou eu minha senhora o pintor de Jundiaí
Sou eu minha senhora o pintor de Jundiaí
Pode entrar e se sentar
Pode entrar e se sentar
Conforme as pinturas nós iremos conversar
Conforme as pinturas nós iremos conversar
Na cozinha quero um pé de bananeira
Na cozinha quero um pé de bananeira
Só para alegrar o coração da cozinheira
Só para alegrar o coração da cozinheira
Na varanda quero frutas vermelhinhas
Na varanda quero frutas vermelhinhas
Só para alegrar o coração da mamãezinha
Só para alegrar o coração da mamãezinha
Lá no portão quero um grande cachorrão
Lá no portão quero um grande cachorrão
Só para espantar a cara feia do ladrão
Só para espantar a cara feia do ladrão
Seu pintor o que eu queria
Seu pintor o que eu queria
É que você pintasse um pouquinho de alegria
É que você pintasse um pouquinho de alegria




Primavera

Eliana

Respiramos Alegria - é a primavera
É a primavera, é a primavera
As flores se abrem perfumando o ar
Tudo que é bonito sai prá se mostrar
Cada novo dia é uma festa pra viver
Uma poesia que o sol faz nascer
Uma aquarela em todo lugar
Toda a natureza quer se namorar
É como se o mundo se enfeitasse de azul
Ou de um arco-íris que ligasse o norte ao sul
Todas as pessoas nas cidades respirando primavera
Tudo que tem vida pelas matas respirando primavera
Um sorriso mostra como é fácil ser feliz
Um show de alegria, todo mundo pede bis
(Sim) É a estação dos namorados
Tudo é lindo quando é primavera
Uma borboleta vem anunciar
Que a estação das cores veio pra ficar
É como se o sonho despertasse pra viver
Uma poesia que o sol faz renascer
Uma aquarela em todo lugar
Toda natureza quer se namorar
É como se o mundo se enfeitasse de azul
Ou de um arco-íris que ligasse o norte ao sul
Todas as pessoas na cidades respirando primavera
Tudo que tem vida pelas matas respirando primavera
Um sorriso mostra como é fácil ser feliz
Um show de alegria, todo mundo pede bis
(Sim) É a estação dos namorados
Tudo é lindo quando é primavera
Todas as pessoas nas cidades respirando primavera
Tudo que tem vida pelas matas respirando primavera
Eu sei que tudo nessa hora pode acontecer
Só falta agora a primavera me trazer você









Construindo Personagens para o Momento de Contar Histórias

Vamos reciclar e brincar?

Postamos aqui 10 ideias para reciclar  materiais variados e fazer lindos brinquedos para as crianças... ótima dica para a semana do meio ambiente... Créditos das ideias para o Professor Sassá.

Que tal contar lindas histórias com o cachorrinho feito com pacote de pão?
 Este cachorrinho de potinho de danette tá fofo né?


Depois do lanche, recicle as embalagens pra brincar na praia...


Vrummmm... carrinho com vidro de shampoo e tampinha de garrafa pet.


Vamos inovar, em vez de porco que tal cachorro-cofre?
Com reciclagem de garrafa pet.


Ao infinito e além!!! O foguete de vidro de detergente ficou lindoooooo!!!


 Gatinha fofa com vidro de amaciante, pras meninas.


Mais uma ideia ótima para contar histórias... gatinho com caixa de papelão.

Gente que demais esta aqui... eu tinha inúmeros potes de toddy e nunca imaginei fazer um hipopótamo tão fofo como este...

O sapo não lava o pé... não lava porque não quer...
Vamos cantar e brincar? Máscara com prato descartável.

Valorizando a Hora do Conto: Incentivando ao reconto...Era uma Vez...


Incentive a contação de histórias dos filhos para os pais



Objetivos:
- Incentivo à leitura;
- Trabalhar o reconto;
- Estimular a linguagem oral.

Faixa etária: 4 a 6 anos.


Com o objetivo de incentivar a leitura, a professora de Educação Infantil Nivian de Almeida Alves, do Colégio Scaranne, São Paulo, procurou preparar a “maleta da leitura”, conhecida por muitos, em que o aluno a leva para casa contendo um livro para lerem. Além do livro, ela preparou também personagens de uma história infantil bem popular: Os Três Porquinhos.
A cada dia um aluno leva a maleta para casa e ele próprio conta para sua família a história de Os Três Porquinhos. “Assim estaremos trabalhando o reconto de história e ajudando-o a entender que toda história tem começo, meio e fim”, conta Nivian.
Desenvolvimento:
Inicie o projeto contando a história em sala de aula para que os alunos entendam como deverão proceder em casa.
Dica de leitura
Maria que Ria
Sorrir da vida, rir de si mesmo. Dos erros, dos esquecimentos, das gafes, das quedas, das obrigações, das dificuldades, das desilusões. Sorrir dos encontros, das conquistas, das brincadeiras, do novo dia, das oportunidades, do inusitado, do que está por vir, é isso o que acontece com Maria que ria que ria que ria... Autora: Rosinha Editora: Larousse Preço: R$ 32,50 Onde encontrar: www.larousse.com.br
Procedimento:
1. Estenda o tapete de história (TNT) no chão e peça para todos se sentarem ao redor dele.
2. Conforme a contação da história, coloque os personagem nela.
Ex.: Era uma vez, em uma floresta ...
Na floresta existe o quê? Árvores. Então, coloque-as sobre o tapete.
Coloque matinhos – em E.V.A. – sobre o tapete.
3. Para que esse momento se torne mágico, o professor deverá se envolver e fazer novas descobertas em conjuntos com os alunos.
4. Em um pedaço de tecido, os alunos viajaram pelo mundo da imaginação ouvindo a história de Os Três Porquinhos contada pela professora.
Desenhando a experiência
Para explorar ainda mais o projeto, o professor pode pedir para que as crianças, ao voltarem com a maleta para a escola, desenhem o que sentiram ao ler para os seus pais. Além disso, ela também pode trabalhar a linguagem oral, solicitando que eles recontem como foi a experiência ou mesmo dramatizem.
Outras dicas para contação de histórias
Antes de contar uma linda história para os seus alunos, lembre-se dessas regras básicas sugeridas pela professora e palestrante de oficinas de contação de histórias, jogos teatrais e musicalização Ana Letícia Accorsi Thomson:
- As crianças devem estar devidamente acomodadas;
- Utilizar técnicas de código do silêncio;
- Antes de começar a história, você pode aguçar o interesse e a curiosidade da criança;
- Sentir, ou melhor, viver a história. A história deve despertar a sensibilidade de quem conta;
- Narrar com naturalidade e com clareza, vivenciar o que está sendo narrado;
- Conhecer a história, o contador tem que estar seguro, isto é, tem que conhecer o texto;
- Dominar o interesse do público. Buscar formas para que o ouvinte permaneça concentrado na história;
- Não esconda palavras difíceis. Se o ouvinte tiver dúvidas, ele perguntará;
- Cuidado com a postura e os vícios da linguagem (Né?; Aí, sabe?; Então?);
- Quando for utilizar um material ilustrativo ou outro acessório, é importante saber a sequência correta dos acontecimentos;
- Se der branco, continue. Não faça caretas, use a criatividade e improvise;
- Não se esqueça de olhar para todos, passe a emoção por meio do olhar;
- Evitar descrições longas;
- Se a história for lida, a narrativa deve ser tão animada como se fosse contada;
- Chegar ao desfecho sem apontar a moral da história;
- Não obrigue a criança a ouvir a história que ela não quer;
- Cuidado! Ao adaptar uma história, não modifique a estrutura essencial.

Dica esperta!
O projeto também pode ser trabalhado com outras histórias infantis do interesse dos alunos.

 Creditos : http://revistaguiainfantil.uol.com.br/professores-atividades/120/artigo291879-1.asp

domingo, 15 de setembro de 2013

Momentos da Semana Nacional da Educação Infantil




A importância do desenho na Educação Infantil- Pré Escola



  A Importância do Desenho na Pré Escola.

Crianças em idade pré-escolar adoram desenhar. Traçam círculos imaginários com canudinhos, usam o dedo para rabiscar o vidro embaçado do carro, fazem cenários na areia. Quando têm acesso ao lápis, então, é uma festa. O desenho é uma das formas de expressar o que sentem e pensam sobre si mesmas e o mundo. "Elas passam a entender melhor suas emoções e a mostrar sua interpretação dos valores, conceitos e normas da sociedade, bem como expressar carinho pelos amigos e familiares", diz a psicopedagoga Mônica Cintrão, da Universidade Paulista (Unip), em São Paulo. Além disso, descobrem que é possível inventar e fantasiar. "Qualquer um pode criar um super-herói", completa Paulo Cheida Sans, professor da Faculdade de Artes Visuais da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas, no interior paulista.

Mas é possível ensinar a desenhar? Desde o século 19, duas escolas se alternaram no dia-a-dia: a tradicional, segundo a qual as crianças devem copiar modelos, e a renovada, que defende que eles não precisam de orientação. Hoje, o modelo contemporâneo propõe que o melhor é instigá-los a criar partindo do conhecimento do mundo da arte e da cultura visual. É o que os especialistas chamam de "desenho cultivado". No livro O Desenho Cultivado da Criança: Prática e Formação de Educadores, Rosa Iavelberg, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), comenta essas mudanças.

Segundo ela, a escola tradicional pregava que, por não saber desenhar, as crianças precisavam treinar habilidades e cópia para chegar ao referencial de imagens figurativas, cada vez mais próximas da realidade e dos modelos da arte adulta. Nessa época, só havia espaço para a reprodução técnica, marcada pela impessoalidade dos aprendizes, que imitavam formas externas e preconcebidas. Imagens de bichos e objetos também eram apresentadas como atalhos para o ensino de números: a haste de um guarda-chuva virava o 1, a curva do pescoço de um cisne transformava-se no 2. Essas propostas acabaram superadas porque impunham um ponto de vista adulto sobre a aprendizagem sem levar em conta o saber da criança.
                                  

 Desenho espontâneo


Já a escola renovada do século 20, cujos principais estudiosos foram o francês Georges-Henri Luquet, o austríaco Viktor Lowenfeld e a norte-americana Rhoda Kellogg, via na produção infantil uma forma de entender o desenvolvimento psicológico. Assim, passou-se a valorizar o chamado desenho espontâneo, no qual o professor não podia intervir - bastava criar as condições adequadas para cada um se expressar. Coinfluenciado pelas idéias de Jean Piaget, Luquet defendeu, em 1913, que as crianças têm um "modelo interno" e por isso não copiam os objetos da maneira pela qual os percebe, mas transfigura-os com base nas próprias referências. Lowenfeld segue na mesma linha em Desenvolvimento da Capacidade Criadora, livro de 1947: "O desenho, a pintura ou a construção constituem processos complexos, nos quais a criança reúne diversos elementos de sua experiência para formar um conjunto com um novo significado". Segundo ele, o educador teria a função de ampliar a sensibilidade e aguçar os sentidos da garotada, já que "o homem aprende através dos sentidos".

Na segunda metade do século 20, Rhoda Kellogg pesquisou mais de 300 mil desenhos infantis. Entre outras coisas, descobriu que há muitas representações parecidas de casas, árvores e seres humanos. Para ela, essa constatação é um indício de que o impulso criativo é uma herança comum a toda a humanidade, não restrita a uma cultura ou um país. Rhoda defendeu que a criança é autodidata e que, se não houver interferência inadequada do adulto, vai chegar, desenhando, ao estágio final de crescimento emotivo, intelectual e espiritual. Outro importante legado dessa fase é que o desenho evolui com a idade, das formas mais simples (os rabiscos conhecidos como garatujas) para as mais complexas.

 Créditos:
 http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/importancia-desenho-pre-escola-educacao-infantil-desenvolvimento-541441.shtml?page=1